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4042 pessoas na meta - Grande recorde da Maratona do Porto!
03.11.2014
O grande objectivo da 11ª edição da Maratona do Porto EDP, hoje realizada, foi cabalmente atingido. 4042 pessoas concluíram os clássicos 42.195m de prova e assim a Maratona do Porto estabeleceu um novo recorde nacional quanto a terminadores, confirmando o evento como o maior do género em Portugal. E não foi por pequena margem, foi por mais de 1200 unidades, dado que nenhuma prova no nosso país tinha chegado aos 3 milhares de finalizadores.
Este resultado coloca a maratona do Porto num patamar cada vez mais relevante, e não constituiu surpresa, pois o total de inscrições, inicialmente previsto para um máximo de 5 mil pessoas, tinha mesmo sido superado antes do tiro de partida.
Quem não esteve muito clemente para com esta 11ª edição da Maratona foi o tempo, com grandes variações de temperatura entre a partida e a meta e com chuva , que se foi intensificando a partir da chegada dos atletas de elite. O dilúvio que depois se acentuou acabou por prejudicar a festa global, mas quanto a isso nada se pôde fazer.
A questão das temperaturas acabou por condicionar os resultados finais. A corrida começou com 10 graus, mas o sol despontou e a metade andou-se pelas ruas da Invicta, de Matosinhos e Gaia com os termómetros a marcarem 20 graus. No final, porém, baixou-se novo para 12-13 graus, e este tipo de condições causa sempre inevitáveis danos aos atletas, na procura dos melhores tempos.
Na prova masculina Rui Pedro Silva voltou a estar no pódio, como havia acontecido o ano passado, e voltou a fazer uma marca na casa das 2h13m, conseguindo mínimo B para os próximos Mundiais de atletismo que irão ter lugar em Pequim para o ano que vem.
Rui Pedro deu luta até perto do final ao futuro vencedor, o etíope Workneh Fikre, mas acabaria por deixar este partir na derradeira subida da Avenida da Boavista atá ao Parque da Cidade. Fikre marcou na meta 2h13m10s, o português 2h13m54, com vantagem suficiente sobre o queniano Moses Mbugua (2h14m34s), terceiro.
Para além do sabor sempre doce de uma vitória, para Fikre fica um marco que se diria histórico na Maratona do Porto - ele foi o primeiro a quebrar a total hegemonia queniana na prova, dado que as dez edições anteriores foram todas ganhas por atletas daquele país. Dos outros lusos mais bem colocados, referência para Carlos Costa, sexto com 2h23m41s, e para o rotinado Heitor Oliveira, sétimo com 2h25m25s.
No lado feminino o tempo final foi comparativamente melhor do que o masculino, tendo a conhecida Marta Tigabea terminado com enorme vantagem em 2h31m45s, na sua estreia na distância, o que lhe permitiu colocar a edição de hoje como a terceira mais rápida da história da prova.
Luísa Oliveira, do Paredes Aventura, também conseguiu colocar Portugal no pódio, ao acabar em estreia – igualmente - com uma interessante marca de 2h40m33s, adiante da queniana Abigail Toroitich (2h44m45s). Rosa Madureira, do FC Penafiel, repetiu o quarto lugar do ano passado com 2h45m00s exactos e Joana Nunes, no lugar seguinte, foi a terceira portuguesa, com 2h50m23s.